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escala de ansiedade

0. platô

1. abertura estável

2. ansiedade

3. percepção e reação alteradas

4. fechamento

5. crise

Observações

Fiz essa escala para medir a minha própria ansiedade. Ela não representa uma gama exaustiva dos estados vividos por uma pessoa neurodivergente. Os estados 0 e 1 poderiam ser expandidos e descritos como compostos por muitos outros estados de experiência diferentes.

Essa escala foca nas emoções ligadas à ansiedade por ser um instrumento de auxílio na comunicação e prevenção de crises.

O segundo estado é o último onde ainda é possível se comunicar sobre qual estado está ocorrendo.

No terceiro estado é necessário um intervalo, mesmo que poucos minutos ou segundos, para que ocorra a autorregulação.

É possível, através de autorregulação, voltar aos níveis mais baixos. Isso depende principalmente da capacidade de lembrar disso, já que uma comunicação verbal sobrecarregante (muitas instruções, ordens ou perguntas) acima do estado 2 irão sempre agravar a ansiedade.

Negligência

Alguém pode lhe dizer por exemplo que esses episódios são normais e querer apenas seguir em frente e ignorá-los. Pode também dizer que trata-se de frescura e apenas continuar causando repetidos incidentes do tipo. Isso se chama negligência.

Pessoas neurotípicas não sabem como a experiência nervosa é vivida por alguém com uma condição neurológica e tendem a fazer pouco caso destes episódios pois os enxergam comparativamente a seus próprios episódios emocionais e psicológicos, que apenas ignoram.

O processo regenerativo de um episódio psicológico não é o mesmo que de um neurológico.

Se as crises estão te prendendo em um ciclo ruim e repetitivo, é possível usar essa escala e outros recursos para encontrar maneiras de prever, prevenir e cuidar delas.

Lembretes

Essas são algumas afirmações que me ajudam a me centrar nos momentos difíceis:

Não se envergonhe de ter crises. Lembre-se que não é errado sentir algo. Não podemos ter controle total sobre nada. Podemos aprender a desarmar crises, e mesmo que elas aconteçam, a nos recuperarmos diante delas e seguirmos em frente com o descanso necessário. Uma crise não precisa ser o fim do nosso dia.

Não precisamos nos adequar aos padrões neurotípicos e vestir suas máscaras. Podemos viver vidas plenas como pessoas neurodivergentes que têm sua própria perspectiva de vida.

Basta encontrarmos formas de viver que nos façam contentes e permitam pensar sobre o que é esse contentamento. Não somos um fardo para ninguém — damos e recebemos aquilo que podemos dar.

Ver também:

Autorregulação

Crises